As mudanças climáticas das últimas décadas, associadas ao aumento do aquecimento global, fazem com que fenômenos climáticos extremos ocorram com mais frequência.1 Os picos de calor e frio também têm inúmeros efeitos no organismo; o sistema respiratório não está imune a essa influência.2
Como as vias aéreas reagem em temperaturas extremas?
Quais medidas devem ser tomadas para proteger a funcionalidade da respiração e a saúde das vias aéreas?
Em situações de frio intenso, o ar inalado, se não suficientemente aquecido ao passar pelo nariz, pode influenciar a mobilidade das células ciliadas que ajudam a expelir quaisquer irritantes ou patógenos, com consequentes riscos de infecção.2 Além disso, o frio pode fazer com que as vias aéreas se contraiam e, assim, se estreitem, levando à dificuldade de respirar.2
Na situação oposta, ou seja, quando está muito quente, o aumento da temperatura dificulta a dispersão do calor pela transpiração: em busca de uma saída para o calor excessivo do corpo, o corpo aumenta o ritmo da respiração, que se torna trabalhosa. A respiração ofegante também é causada pela umidade excessiva, o que reduz a quantidade de oxigênio liberada no organismo a cada inalação.
Finalmente, o calor extremo causa, especialmente quando associado a situação de poluição intensa do ar atmosférico, aumento na porcentagem de ozônio na atmosfera, fenômeno que propicia a irritação dos tecidos e das mucosas do sistema respiratório.2
Referências:
1. United Nations Environment Programme. O aumento alarmante da temperatura global. Disponível em: https://www.unep.org/pt-br/noticias-e-reportagens/reportagem/o-aumento-alarmante-da-temperatura-global. Acessado em 7 de agosto de 2023. 2. American Lung Association. Weather and your lungs. Disponível em: https://www.lung.org/blog/weather-and-your-lungs. Acessado em 7 de agosto de 2023.